sexta-feira, 9 de julho de 2010

Campo magnético orienta tartarugas marinhas!
Como um filhote recém -nascido de tartaruga marinha é capaz de se guiar pelo Atlântico Norte e encontrar sua rota migratória, se nunca entrou antes no oceano?
De acordo com um estudo coordenado por Kenneth Lohmann, biólogo da Universidade da Carolina do Norte (EUA) e publicado numa revista científica Science, as tartarugas marinhas teriam a habilidade de reconhecer o campo magnético da Terra e utilizá-la com guia de navegação.
O estudo foi feito com tartarugas da espécie Caretta caretta da Flórida. Quando nascem, elas nadam rumo ao leste até uma corrente oceânica circular conhecida com o giro do Atlântico Norte. Ali, encontram um ambiente próprio para o crescimento: as águas são aquecidas e nelas a comida é abundante. Fora dessa corrente, as condições são menos favoráveis- animais que saem dela geralmente morrem. As tartarugas passam alguns anos no giro Atlântico Norte antes de retornar à costa de origem para a reprodução. Para se manterem na corrente oceânica, as tartarugas precisam mudar de direção em vários pontos de seu percursso. Segundo os biólogos, o reconhecimento do campo magnético terrestre indicaria a elas os trechos em que é preciso desviar a rota. Para comprovaresse mecanismo, eles fizeram experimentos com filhotes que nunca haviam entrado no oceano. As tartarugas forma testadas em piscinas de água salgada equipadas com um aparelho que produziu campo magnético similares aos encontrados em diferentes pontos de rota de migração.
Quando as tartarugas forma expostas a campos magnéticos parecidos com os encontrados no norte da Flórida, a maioria delas nadou rumo ao leste- direção que, no mar, as conduziria ao giro Atlântico Norte. Sob influência de um campo magnético similar ao da costa do norte da Espanha, a maioria dos filhotes desviou para o Sul.E quando submetidos a um campo semelhante ao do sul da corrente oceânica, elas tomaram a direção noroeste-que as levaria de volta para casa.
Apesar de os testes confirmarem a capacidade de se orientarem pelo campo magnético, os cientistas não sabem com o fenômeno é controlado geneticamente, nem que partes do corpo das tartarugas são sensíveis no magnetismo.Segundo Lohmann, uma das explicações relaciona partículas de magnetita encontradas na cabeça da tartaruga marinha, mas nada que tenha sido comprovado.

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